Jovens errantes, perdidos numa teia perversa, seguros por instantes em nós retorcidos onde não há luz nem pertença. Arbítrios equivocados, ausência de laços familiares, adição, preconceito, prostituição, desregramento extremo. Degradação e violência, na idade de todas as promessas.São sobreviventes e buscam incessantemente afectividade, uma qualquer ilusão de filiação. Territórios de exclusão, geográficos, físicos e emocionais, são o espaço cénico de deambulação. Próximo, muito próximo, no nosso prédio, na escola, na nossa própria casa...Através de textos escritos por Bernardo Santareno há mais de 30 anos, visitamos lugares de (in)existência que não perderam a actualidade. No tempo de todas as iniciativas, de todas as intervenções, do desenvolvimento, das políticas sociais e da igualdade de oportunidades, há vivências que continuamos a não querer ver, a não sentir, a não compreender. Há presentes constrangidos e futuros que continuam improváveis.
Agendas 2013
Há 12 anos
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